quarta-feira, 8 de junho de 2011

"MUNDO, MUNDO... VASTO MUNDO"


Imaginem quantas histórias, quantos filmes ou livros podem ser criados com a observação de apenas alguns momentos do dia na vida do outro... ou na nossa mesmo.
Assim é que os grandes da literatura conseguiram a atenção para as verdades ou mentiras publicadas.  Ao lermos algumas biografias (embora o processo seja o mesmo - verdades ou mentiras), há um mecanismo para percebermos, quase sempre,  adversidades enfrentadas e superadas, ou não.

Sim, temos agora à disposição todos os meios possíveis para divulgação de nossas idéias, nossos sentimentos, enfim, não há mais a vida particular. Todos nos consideramos aptos a publicar seja lá o que for, desejando, secreta ou explicitamente, o reconhecimento de nossas virtudes (defeitos, só os dos outros!).

São tantas as leituras, tantas as informações, tantas as possibilidades... Isso às vezes cansa pela mesmice, pela repetição.

Lá vem Guimarães Rosa:
"... Tanta gente - dá susto se saber - e nenhum se sossega: todos nascendo, crescendo se casando, querendo colocação de emprego, comida, saúde, riqueza, ser importante, querendo chuva e negócios bons..." - in: Grande Sertão: veredas.

Certa vez, há muito tempo, época de escola secundária ainda, um colega muito inteligente disse o seguinte:"o ser humano só parece vário em uma mesma geração; visto nos outros tempos, em essência ele é sempre o mesmo".
Cheio de razão.

Memória literária em ação: vale reler 'POEMA EM LINHA RETA' do Álvaro de Campos. Acho que tem aqui no arquivo do blog, no marcador Língua Irmã - autores portugueses. 
Bem, de qualquer modo, há o 'deus' Google.
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