quarta-feira, 31 de outubro de 2012

SAUDADE DE DRUMMOND - (O tempo passa? Não passa)




O tempo passa ? Não passa
Carlos Drummond de Andrade


O tempo passa ? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.

*        *        *


BEETHOVEN ETERNO...BEETHOVEN MODERNO -The Piano Guys

sábado, 27 de outubro de 2012

Coldplay - Paradise (Peponi) African Style (Piano/Cello Cover) - ThePian...


Quero muito agradecer ao Henrique - meu neto e meu guia nessas veredas insuspeitadas e magníficas da internet e da modernidade.

É por isso que vale a pena continuar...




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

LUCIANA SADDI - Poesia e Psicanálise

Poesia e psicanálise: uma parceria
Luciana Saddi (*)

A ciência é grosseira, a vida é sutil, e é para corrigir essa distância que a literatura nos interessa.
(Roland Barthes)

Por que somos tocados por um poema ou obra ficcional? De onde vem a criatividade do poeta e que capacidade é essa de transformar em obra de arte as paixões humanas? Como o escritor chega a saber tanto sobre o homem?
Essas são algumas perguntas que despontaram no campo da psicanálise desde sua origem com Freud e que deram início ao diálogo entre literatura e psicanálise. Pois se a literatura contém o não-consciente e já que a psicanálise traz uma teoria do inconsciente, somos tentados a aproximá-los.

Poesia e psicanálise tratam de um mesmo objeto: a alma humana, só que a partir de diferentes perspectivas.

Se a psicanálise quer explicar e revelar, a poesia oculta no acabamento estético aquilo que, de antemão, ela já sabe.

Um poema não explica, confunde. Não revela, esconde.
O poema nos toca sem sabermos direito por quê. Transforma-nos, inquieta-nos: o poema nos ensina por meio de seu próprio desconhecimento.

Se através da psicanálise podemos conhecer mais de nós mesmo a partir de nossa própria fala, pela poesia nos encontramos, misteriosamente, nas palavras de outro.

Gosto de pensar poesia e psicanálise como parceiras na empreitada de aprofundamento de nossa existência, na busca da compreensão de nós mesmos e do que nos rodeia. Complementares, parceiras, duas áreas que ainda têm muito que conversar.

*            *            *

(*) Luciana Saddi é psicanalista e escritora. Escreve a seção "Fale comigo" do blog da Folha de S.Paulo

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A ESCOLA HOJE E... - TEXTO IMPORTANTE E CORAJOSO



Escola de Atenas (Academia de Platão) - Pintura do renascentista italiano  Rafael


A escola hoje e os alunos que não aprendem


ROBERTO LEAL LOBO E SILVA FILHO



É preciso rever modas como o valor universal do trabalho em grupo, a 'postura crítica' em vez do conteúdo, a profusão de tudo que é 'social' ou extracurricular.

A educação brasileira está em crise. Além da recorrente violência escolar -a imprensa noticia com frequência casos de alunos armados ou com drogas, além de agressões a professores-, pais e filhos parecem achar que a escola não pode contrariar os alunos ou exigir desempenho.

As próprias famílias não conseguem impor limites aos filhos - às vezes, nem os pais têm limites-, algo que se espraia à sala de aula.

Esse problema, que está se tornando quase epidêmico no Brasil, não é desconhecido em outros países.

Neste momento, vale lembrar um livro francês que nunca foi muito divulgado no Brasil. Para quem está preocupado com a situação das escolas, vale ler "A Escola dos Bárbaros", de Isabelle Stal e Françoise Thom, publicado no Brasil pela Edusp ainda em 1987, apontando um cenário que só se agravaria no Brasil nas décadas seguintes.

As autoras são duas professoras francesas que contam a degradação que viam surgir nas escolas daquele país já na década de 1980. Os problemas que elas enxergaram nunca soaram tão familiares.

Elas consideram que a falta de disciplina nas escolas reflete uma sociedade que "adota o prazer como o ideal, em todas as direções - para tal sociedade, o objetivo da civilização é se divertir sem limites".

Ou seja, a escola desistiu de conduzir os jovens à vida adulta.

Nesse sentido, as autoras acertam em cheio ao apontar a profusão de práticas extracurriculares, fáceis e sem conteúdo, que servem para matar o tempo do jovem, como um dos grandes problemas da escola de hoje em dia. Os pais brasileiros podem reconhecer com facilidade essa moda dominando também as nossas escolas.

Nas palavras das autoras: "É uma enganação afirmar que a inaptidão para expressar-se, que a ignorância crassa em história, em geografia, em literatura e a incapacidade em seguir um raciocínio elementar" sejam um preço que tenhamos de pagar para que todos se sintam à vontade na escola, permitindo a "inclusão" de todos os alunos.

Sob o pretexto de instaurar na escola a igualdade, o ensino é nivelado por baixo. Não há como escrever melhor do que elas: "A ambição da igualdade a todo preço desencoraja o esforço de aprender, tipicamente individual".

Não se pode abandonar o ensino de conteúdo ou deixar que os alunos escolham o que querem aprender. É possível incluir todos os alunos na escola -isto é, democratizar o ensino, criando uma escola que atenda à massa- sem a atual catástrofe.

Além dessas teses, as autoras criticam, com muita dureza, pedagogos, professores, administradores, sindicatos de professores e a nova geração de pais.

Os sindicatos, especialmente, estão mais preocupados em defender a mediocridade e o corporativismo. Eles apontam soluções simplistas para todos os males que afligem o ensino básico, como o aumento dos orçamentos ou ações tecnológicas nas escolas.

Isso sem falar nas ideologias que banalizam o ensino, como se o papel principal da escola não fosse tirar o aluno da ignorância.

O livro pode ser ácido e ter adjetivos em excesso. Pode até ser injusto com relação à importância de democratizar o acesso à educação, algo fundamental para diminuir as injustiças da sociedade.

Mas ele é preciso ao defender a destruição de alguns paradigmas tão em moda no Brasil, como:

- A qualidade inquestionável e universal do trabalho em grupo;

- A "postura crítica" sobreposta à absorção de conhecimento;

- A frouxidão e a permissividade em vez de disciplina e cobrança;

- A prioridade das atividades "sociais" em vez do estudo persistente;

- A valorização dos pesquisadores de banalidades;

- A ênfase nas metodologias em vez dos conteúdos.


Vale a reflexão: quantas gerações de alunos serão prejudicadas até o estudo persistente e o conteúdo voltarem a ser valorizados?

*            *            *


ROBERTO LEAL LOBO E SILVA FILHO, 74, professor titular aposentado do Instituto de Física de São Carlos da USP, é presidente do Instituto Lobo. Foi reitor da USP

XICO SÁ - Campanha permanente...



Campanha permanente pela carta de amor
Xico Sá  em 11-10-2012

A carta escrita à mão, com local de origem, data, saudações, motivos, despeço-me por aqui, papel fininho e pautado, pelos Correios, portadores ou menino de recados.

Como canta o rei Roberto, escreva uma carta, meu amor, e diga alguma coisa por favor.
Agora Beatles: Ô, mr. Postman!
Tem também aquele do Waldick Soriano, nosso Johnny Cash baiano: “Amigo, por favor leve essa carta/ e diga àquela ingrata/ como está meu coração…”

É nossa campanha permanente pela volta da carta de amor, manifesto sempre repetido neste blog.
Chega de SMS e emails lacônicos e apressados. Debruce a munheca sobre o papiro e faça da tinta da caneta o seu próprio sangue.
Não temas a breguice, o romantismo, como já disse o velho Pessoa, travestido de Álvaro de Campos, todas cartas de amor são ridículas, e não seriam de amor se ridículas não fossem.

A carta, mesmo com todas as modernidades e invencionices, ainda é o melhor veículo para declarar-se, comunicar afinidades e iniciar um feitio de orações.

O que você está esperando, vá ali na esquina, compre um belo papel e envelopes, e se devote.
Se tiver alguma rusga, peça perdão por escrito, pois perdão por escrito vale como documento de cartório.
Se o namoro ainda não tiver começado, largue a mão dessas cantadas baratas e internéticas e atire a garrafa aos mares.

Uma boa carta de amor é irresistível. Mas não vale copiar aqueles modelos que vêm nos livros. Sele o envelope com a língua, como nas antigas, lamba os selos, esse pré-beijo dos lábios da futura amada.

De novo o cliclê de Pessoa, para encorajá-los mais ainda: “As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas”.

Às moças é consentido, além dos floreios e da caligrafia mais arrumadinha, a reprodução de um beijo, com batom bem vermelho, ao final, perto da assinatura.

Que os amigos, e não apenas os amantes, se correspondam, fazendo dos envelopes no fundo do baú as suas histórias de vida.

Pela volta da carta, que já é por si só uma maneira devota, um tempo que se tira, sem pressa, para dedicar-se a quem se gosta. Pela volta da carta, pois o que se diz numa carta é de outra natureza, é o bem-querer em tom solene.

O que você está esperando, meu amigo, minha amiga, largue esse cronista de lado e debruce-se sobre a escrivaninha. Uma mesa de bar ou de um café também são bons lugares para assentar as suas mal-traçadas linhas.

Lembrei-me agora de um começo clássico de missivas: “Venho por meio desta dar-te as minhas notícias e ao mesmo tempo saber das tuas…”

*            *             *

SOBRE O BLOG



Caros amigos,

Somente hoje tomei conhecimento de que meus dois bloguinhos estão com problemas, apresentando dificuldade para as pessoas que desejam se cadastrar.

Pedi ajuda à equipe de suporte e acredito que a falha logo será corrigida.

Mais uma vez - e sempre - muito obrigada por sua visita.

Bjim

domingo, 21 de outubro de 2012

MANUEL BANDEIRA - 'Pernambucano, sim, senhor'


Pernambucano, sim, senhor
Manuel Bandeira

Acordei, tomei o meu café, puxei para a cama a minha Hermes Baby e disse muito decidido:: vou bater uma crônica sobre o Natal.
Mas aconteceu-me a mim o mesmo que ao poeta no famoso soneto (*): a folha branca pedia inspiração e ela não vinha.  Não fiquei perplexo, porém.  Sei que mudei, que o Natal mudou, que todos mudaram, que tudo mudou, e isto é sem cura... No meu tempo de menino não havia Papi Noel, esse grande palerma francês de barbaças brancas, havia era "a fada", assim, sem nome, o que lhe aumentava ainda mais o encanto.

Mudei. Mudei muito. Menos numa coisa: continuo me sentindo profundamente, de raiz, de primeira raiz, pernambucano (com  bem aberto - pérnambucano).  No Itinerário de Pasárgada escrevi ter nascido para a vida consciente em Petrópolis, frase que alguns interpretam erradamente como atestado de verdadeiro nascimento fora do Recife.  No entanto, a oração seguinte explicava cabalmente: "pois de Petrópolis datam as minhas mais velhas reminiscências".

Dizer-se que nasci no Recife por acidente quando sou filho de pais recifenses, neto de avós recifenses e por aí acima, é inverter as coisas: digam antes que por acidente deixei o Recife duas vezes, aos dois anos para voltar aos seis, e aos dez para só o rever de passagem.  Mas esses quatro anos, entre os seis e os dez, formaram a medula do meu ser intelectual e moral, e disso só eu mesmo posso ser o juiz.  Me sinto tão autenticamente pernambucano quanto, por exemplo, Joaquim Cardozo, Mauro Mota e João Cabral de Melo.  Se não fosse assim, não poderia jamais ter escrito a "Evocação do Recife", poema do qual disse Gilberto Freyre (e que maior autoridade na matéria?) que cada uma de suas palavras representa "um corte fundo no passado do poeta, no passado da cidade".  Alegam que é sermão de encomenda.  Mas a encomenda veio por causa de uma carta escrita a Ascenso Ferreira, carta essa que foi a matriz do poema.  O poema já se gestava no meu subconsciente.  E, aqui chego ao cerne da minha verdade: sou pernambucano na maior densidade do meu subconsciente.

Estas linhas vão como amical protesto à entrevista dada a José Condé pelo poeta Carlos Moreira dos belos sonetos e das encantadoras poesias.  Compreendi que ele me quis honrar mais do que mereço dando à homenagem do meu busto no Recife um sentido mais largo, ainda que para mim menos amorável.  Carlos amigo, pode acreditar que nestes meus quase setenta e três anos de vida virei e mexi, andei certo, andei errado, corri, parei, prossegui, quis voltar, não pude não, que os caminhos percorridos prenderam meus pés no chão carioca.  Chão de asfalto - este terrível asfalto carioca onde tudo pode acontecer, até morrer-se afogado, como nas enchentes do Capibaribe!

(24.XII.1958)

Do livro "Manuel Bandeira - Andorinha, andorinha", seleção e coordenação de textos de Carlos Drummond de Andrade, edição integral, Círculo do Livro por cortesia da Livraria José Olympio Editora S.A. - 1978
***


(*) "Soneto de Natal". Ver, neste blog, marcador Machado de Assis.

O sublinhado significa, para mim, um poema pronto, em ritmo e rima:

"Nesta vida virei e mexi.
Andei certo, andei errado,
corri, parei, prossegui.
Quis voltar, não pude não
que os caminhos percorridos
prenderam meus pés no chão."

*            *            *

sábado, 20 de outubro de 2012

AS CHICAS - Me Deixa (O Rappa)

Publicado  no Facebook, pela minha filha Liliane.
Gostei muito.




"Eu ia explodir / Mas eles não vão ver meus pedaços por aí..."

terça-feira, 9 de outubro de 2012

ZECA BALEIRO - Clarice e o senso comum



Clarice e o senso comum
Zeca Baleiro (*)

Uma vez me vi numa discussão com um amigo inteligente, bem informado e amante do cinema (sim, pessoas assim existem). Ele comparava os geniais Jacques Tati e Charles Chaplin, tomando descarado partido do francês. Eu argumentava que Chaplin era maior porque mais abrangente etc., etc. Discussão inútil, como se vê. Tanto Tati [quanto] o pai de Carlitos foram dois gênios da raça indiscutíveis e incomparáveis, acima do bem, do mal e dos críticos de balcão de bar.

Lembro-me do episódio e reflito sobre o senso comum. Na indústria da música há a expressão “crossover” para designar o feito de uma canção arrebatar o mundo - ouvintes de todas as classes sociais, origens, idades e tribos.  E na literatura, há os célebres "best-sellers", livros que vendem como água e se espalham como gringos  por Copacabana no verão carioca.

Antes de tudo, faço uma distinção:  nem todo best-seller é um livro de má qualidade, assim como nem todo artista difícil é um gênio.  Van Gogh foi maldito e genial.  Vendeu um único quadro em toda a vida.  Morreu como um louco frcassado.  Arthur Bispo do Rosário era louco e interno de um hospício. Foi diagnosticado com esquizofrênico e foi um artista brilhante, criando uma arte ultraoriginal a partir de trapos e sucatas que via pela frente.

Desnecessário dizer que nem todo esquizofrênico será um grande artista, assim como um grande artista, para sê-lo, não precisará ter uma patologia mental.

Sei que parecem primários todos esses argumentos, mas nunca é demais tocar nessas teclas.  A aceitação de uma obra de arte a faz parecer menor aos olhos dos cultos e eruditos (ou arrogantes apenas).  Assim como seu fracasso a faz parecer maiúscula aos olhos das Farc culturais (geralmente arrogantes também).  Isso faz com que alguns artistas, legitimados pelo gosto médio, sejam julgados como menores do que realmente são.

Para não me estender demais, vou passear apenas pela seara dos poetas brasileiros, território que me interessa como poucos.  O senso comum (mas não só) sempre alardeou que o maior poeta brasileiro de todos os tempos é Carlos Drummond de Andrade.  Mesmo recitado como um parnasiano em festas de fim de ano, banalizado por e-mails com power points e camisetas de feira hippie, também concordo que Drummond é o maior e mais abrangente e mais intenso de todos os poetas desta terra, embora a poesia (e a arte em geral) não seja um esporte, e por isso não necessitaria de um ranking de "melhores".  Mas listas são uma das obsessões humanas e delas nem os poetas escapam.  Sim, concordo, Drummond é "o maior".   Nem a secura agreste de João Cabral, nem o lirismo de Bandeira, nem o imaginário místico de Jorge de Lima, nem a poesia multifacetada de Murilo Mendes, nem a dicção violenta e densa de Gullar conseguem suplantá-lo.  Mas nem Drummond em toda sua glória é [unanimidade].

Alguns artistas são relegados a um plano menor só por serem acessíveis.  Como se o fato de ser ininteligível fosse sinal de qualidade e grandeza.  Cecília Meireles, por exemplo, é uma poeta enorme, mas por ter ganho uma aura, digamos, "escolar!,  por ser aceita, lida e "entendida", sempre foi posta num patamar inferior pelos "entendidos";  já Clarice Lispector, outra escritora imensa, tem aura misteriosa, profunda e filosófica, quase maldita, inalcançável.  Mas não quero correr o risco de ser raso.  Obviamente a escrita de Clarice é mais enigmática e cheia de signos e subtextos que a de Cecília, [esta] muito mais simples e despojada, ainda que rica.  Mas os lugares que ambas ocupam num suposto ranking literário é emblemático disso que explanei acima.  Quanto mais difícil, mais maldito.  Quanto mais maldito, mais dotado de verniz estético.  Quanto mais inteligível, menor.

Agora, redescoberta (e desvirtuada) pelas redes sociais, campeã de textos fake no "Face", Clarice passou de hermética a simplória, rainha da autoajuda, emissária do sentimentalismo mais rasteiro, sacerdotisa do óbvio.

É, esse mundo é mesmo cheio de ironias.

*            *            *

(*) Zeca Baleiro é cantor e compositor da música popular brasileira.
Texto publicado na revista Isto É, de 27 de agosto de 2012



Notinha:
Devo dizer que não concordo inteiramente com o que disse Zeca Baleiro; o texto está, sim, raso, na minha modestíssima opinião. Entretanto, uma vez que se trata de crônica de última página para uma revista de variedades, entendo o objetivo do cronista em procurar divulgar criticamente alguns dos nossos grandes poetas. Vale a intenção.

Sou atrevidinha, por isso substituí algumas (pouquíssimas) palavras do texto original - a meu ver inadequadas - e utilizei colchetes [ ] para marcá-las. Desculpe, Zeca Baleiro, mania, mania...

Sueli, outubro de 2012.