segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ABÍLIO DINIZ - Avós e netos


Avós e netos
Saiba porque o laço entre eles é tão forte
Abílio Diniz - 03/11/2011
 Se tem amor tão profundo quanto o de pais e filhos é o de avós e netos. Ainda mais nos casos de avós que acompanham a infância dos netos de perto. Agora, um estudo publicado na Association for Psychological Science, dos Estados Unidos, busca entender os motivos e as vantagens desses fortes laços afetivos entre as duas gerações.

Segundo a pesquisa, a resposta para a proximidade entre avós e netos pode estar na evolução. Nas comunidades tradicionais antigas, as evidências apontam que as famílias que contavam com a assistência dos avós aumentavam as chances de sobrevivência das crianças. E, por isso, a presença deles na vida dos netos era tão importante.

Desse mesmo modo, a necessidade da presença dos avós continuou na sociedade moderna, período marcado pela saída da mãe para trabalhar fora de casa. Nessas condições, a melhor opção dos pais, quando possível, é deixar os filhos com os avós. “Os avós deram suporte às famílias no passado, continuam fazendo hoje e, sem dúvida, continuarão a contribuir no futuro”, afirma o autor da pesquisa David A. Coall.

E as vantagens desse relacionamento existem para ambos os lados. Enquanto os avós ensinam o que sabem da sua experiência e da história da família para os netos, as crianças os levam a reviver o passado e, assim, a refletirem sobre a vida. Para os avós, também é um momento em que eles podem desfrutar da relação com os netos de forma tranquila, pois não têm o dever de educar, como era com os filhos, mas apenas de conviver com eles de forma harmoniosa.

Apesar das descobertas, o estudo constatou, por outro lado, que há uma escassez de pesquisas sobre o efeito desse laço afetivo nas sociedades ocidentais modernas. O pesquisador acredita que para chegar a uma resposta definitiva sobre a influência dos dos avós na vida dos netos é necessário que cientistas dos campos da biologia, psicologia e economia evolucionária contribuam com mais estudos sobre o assunto.

Fonte: Association for Psychological Science
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