quinta-feira, 5 de maio de 2011


AS MÃOS DE CHOPIN

Elmo Gomes


A música tão triste que se evola,
no ar flutua, num langor de sono.
Suavíssima...em notas de abandono,
penetra na minh´alma e me consola.

A dor suprema perde o seu entono,
a mágoa imensa, aos poucos, se acrisola,
devagar, como a lágrima que rola,
como caindo vão folhas de outono.


É Chopin que das sombras aparece
na música sublime como prece
e as mãos rezam nas teclas branco-pretas.



E tudo é sonho num etéreo plano.
Sobre o espectral teclado do piano,
adeja um par de brancas borboletas...


---------------------------------------------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário