JARDINEIRO SEM JEITO
Luiz Coelho Medina - poeta contemporâneo - Nova Iguaçu-RJ
Nunca tive
um amor perfeito,
sempre tentei...
Não teve jeito.
Rosa, dália, jasmim,
cravo, lírio e até daninha...
Tinha um defeito o jardim:
O amor perfeito, não vinha.
Enxerto, fertilizante,
adubo, água de leito...
Cuidado a todo instante
e nada de amor perfeito.
Por mais carinho, herbicida,
fiz tudo certo e direito:
Orquídea, antúrio, margarida...
Só não vinha o amor perfeito.
Nunca tive
um amor perfeito,
sempre tentei...
Não teve jeito,
sempre murcharam.
Morreram os que plantei
no chão,
e os que no peito
brotaram.
Não teve jeito.
Teve não...
* * *
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