sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Da Telma

Post da página facebook -  A louca da biblioteca

Foto: ANTEONTEM PELA MANHÃ, céu acinzentando-se para receber a chuva da tarde, aconteceu um fato poético que - Ave! - fui capaz de ver a tempo. Uma pequena pétala que voa*, asas marrons e brancas, pousou no meu braço, quase à altura do ombro. Pousou e ficou o tal instante exato para cristalizar o presente.
E senti-me, súbito, um ser eleito, digno de experiências além do limite da realidade - conversar com anjos, sobrevoar o tempo nas costas de um dragão,...
Tá bom, sei, grande coisa, não foi nada demais. Mas permita-me, Deus, experimentar uma gota de envaidecimento. Perdoe-me pelo meu orgulho ao olhar minhas mãos limpas de sangue e por ainda me descobrir capaz de encantar-me com essa alegria boba que estremeceu meu coração jurássico. Uma borboletinha silvestre fez-me um carinho inesperado e pincelou meu dia de sonho. (TEL MONT)

* referência a Clarice Lispector

ANTEONTEM PELA MANHÃ, céu acinzentando-se para receber a chuva da tarde, aconteceu um fato poético que - Ave! - fui capaz de ver a tempo.

Uma pequena pétala que voa*, asas marrons e brancas, pousou no meu braço, quase à altura do ombro. Pousou e ficou o tal instante exato para cristalizar o presente.

E senti-me, súbito, um ser eleito, digno de experiências além do limite da realidade - conversar com anjos, sobrevoar o tempo nas costas de um dragão,...

Tá bom, sei, grande coisa, não foi nada demais. Mas permita-me, Deus, experimentar uma gota de envaidecimento. Perdoe-me pelo meu orgulho ao olhar minhas mãos limpas de sangue e por ainda me descobrir capaz de encantar-me com essa alegria boba que estremeceu meu coração jurássico. 
Uma borboletinha silvestre fez-me um carinho inesperado e pincelou meu dia de sonho. 
(TEL MONT)

* referência a Clarice Lispector


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