João Guimarães Rosa |
"Afinal o esperado romance de Guimarães Rosa".
Esse era o chamariz do anúncio da editora José Olympio no "Correio da Manhã" de 17 de julho de 1956.
O anúncio ainda advertia:
"Quando V. ler esse livro, não passe adiante o seu enredo. Deixe aos outros o prazer de descobrir o GRANDE SERTÃO: VEREDAS".
Dias depois, em 5/8, no mesmo jornal, o cronista Carlos Drummond de Andrade versejava:
"Uma semana igual às outras: prosa,
entretanto (não vamos rasgar sedas),
tal como outra não há, Guimarães Rosa
em seu 'Grande Sertão', traça veredas
Riobaldo e Diadorim bebem na flor
de gravatá e vão vivendo estórias
em que a morte redoura, duro amor,
a perfeição de uma arte sem escórias".
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Luís Felipe de Macedo Soares in:Folha de S.Paulo - Ilustríssima
João Guimarães Rosa e sua esposa, Aracy de Carvalho, em foto de 1942, quando o casal morava em Hamburgo, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. Rosa exercia o cargo de Cônsul do Brasil na Alemanha.
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Foi no início da década de 1960 que leitores do mundo inteiro tiveram as primeiras notícias sobre grandes escritores de países da América Latina.
Surgia o Realismo Mágico – ou Realismo Fantástico – apresentando nomes como os argentinos Jorge Luis Borges e Julio Cortázar, o colombiano Gabriel García Márquez, o peruano Mario Vargas Llosa, os cubanos José Lezama Lima e Guillermo Cabrera Infante, os mexicanos Juan Rulfo e Octavio Paz, os chilenos Pablo Neruda e Violeta Parra, o paraguaio Augusto Roa Bastos, os uruguaios Mario Benedetti e Juan Carlos Onetti ou os brasileiros João Guimarães Rosa, Jorge Amado e Clarice Lispector, entre outros.
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