FRUTOS
Luiz Coelho Medina
Tenho em meu
quintal,
um pé de Quintana.
Sempre quando
está Rubem Fonseca,
rego com Vinicius
e Drummond.
Aí começam a brotar
Cecílias Meireles
e Clarices Lispectores.
No outono, as folhas
caem, escritas de poemas.
Quando comemos seus
frutos,
alimentamos a mente,
a alma
e fertilizamos
o futuro.
Ficamos mais frondosos,
como uma espécie
de árvore.
Ficamos também,
um pouco mais
do que meros
seres humanos.
* * *
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