Carlos Drummond de Andrade
"...sou tua árvore da guarda
e simbolizo teu outono pessoal.
Quero apenas que te outonizes
com paciência e doçura.
O dardo de luz fere menos,
a chuva dá às frutas
seu definitivo sabor.
As folhas caem, é certo,
e os cabelos também,
mas há alguma coisa
de gracioso em tudo isso:
parábolas, ritmos, tons suaves...
Outoniza-te
com dignidade, meu velho."
* * *
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