Tela de Enrico Santos |
Poema dialético
Murilo Mendes
É necessário conhecer seu próprio abismo
e polir sempre o candelabro que o esclarece
Tudo no universo marcha, e marcha para esperar;
nossa existência é uma vasta expectação
onde se tocam o princípio e o fim.
A terra terá que ser retalhada entre todos
e restituída em tempo à sua antiga harmonia.
Tudo marcha para a arquitetura perfeita:
a aurora é coletiva.
* * *
* * *
Murilo Mendes - 1943
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