quinta-feira, 15 de novembro de 2012

DRUMMOND PARA HILDA HILST


Conhecem o poema feito por Carlos Drummond de Andrade em homenagem a Hilda Hilst?


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Abro a folha da manhã
Por entre espécies...grã-finas
Emerge de musselinas
Hilda, estrela Aldebarã.
Tanto vestido enfeitado
Cobre e recobre de vez
Sua preclara nudez
Me sinto mui perturbado.
Hilda girando boates
Hilda fazendo chacrinha
Hilda dos outros, não minha
Coração que tanto bates.

Mas chega o Natal
e chama a ordem Hilda.
Não vês que nesses teus giroflês
Esqueces quem tanto te ama?

Então Hilda, que é sab(ilda)
Manda sua arma secreta:
um beijo em morse ao poeta.
Mas não me tapeias, Hilda.
Esclareçamos o assunto.
Nada de beijo postal
No Distrito Federal
o beijo é na boca e junto.

*            *            *

Da página "A louca da biblioteca", no Facebook

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