sábado, 3 de dezembro de 2011

FRIDA KAHLO

Frida Kahlo, em 1932
Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón
(Coyoacán, Mexico, 6 de julho de 1907 — Coyoacán, 13 de julho de 1954).

Em 1913, com seis anos, Frida contrai poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo da vida. A poliomielite deixou uma lesão no seu pé direito, pelo que ganhou o apelido de Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas pessoais.


Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.


Em 1925, aos 18 anos, aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez.


Então sofreu um grave acidente. Um bonde, no qual viajava, chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia.
Frida ficou muitos meses entre a vida e a morte no hospital, teve que operar diversas partes e reconstruir por inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. Tal acidente obrigou-a a usar coletes ortopédicos de diversos materiais, e ela chegou a pintar alguns deles (como o colete de gesso da tela intitulada ‘A Coluna Partida'). Durante a sua longa convalescença, começou a pintar, usando a caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama.



A coluna partida
Em 1929 casa-se com Diego Rivera, importante pintor também mexicano, criador do ‘movimento muralístico mexicano’. Assim como os outros muralistas, considerava a pintura de cavalete burguesa, pois em maior parte dos casos as telas ficavam confinadas em coleções particulares. Foi um casamento tumultuado pelo forte temperamento dos dois e dos casos extraconjugais de ambos.


Tentou diversas vezes o suicídio com facas e martelos, devido a sua vida extremamente infeliz, já que vinha sendo traída pelo marido e viviam brigando, mas não tinha coragem de se separar de vez.


Sob a influência da obra do marido, Frida adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples, num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.


Em 1938 André Breton- poeta e teórico do surrealismo - qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque.


Não obstante, ela mesma declarou mais tarde: Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.




Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de 1943 dá aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).
Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade organiza uma importante exposição em sua honra.
Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o Auto-retrato em um vestido de veludo (1926), Retrato de Miguel N. Lira (1927), Retrato de Alicia Galant (1927) e Retrato de minha irmã Cristina (1928).


Em 13 de julho de 1954, Frida Kahlo, que havia contraído uma forte pneumonia, foi encontrada morta.
Seu atestado de óbito registra embolia pulmonar como a causa da morte. Mas não se descarta que ela tenha morrido de overdose, devido ao grande número de remédios que tomava, e que pode ter sido acidental ou não.
A última anotação em seu diário diz: "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida", o que permite a hipótese de suicídio.

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