Calma! Achei interessante a matéria de uma edição da revista VEJA, de 30 de agosto de 2006, trazendo uma descrição poética desse tipo de planta. Levei esse texto para ilustrar uma aula sobre texto descritivo. Os alunos adoraram.
" Pau-mulato
Agosto é a estação das árvores no Rio. São elas, algumas em especial, que dão um clima meio louco à paisagem, e, a despeito da supremacia das amendoeiras, a grande sensação da temporada aconteceu - todo ano é assim - na aléia de paus-mulatos do Jardim Botânico. Dura praticamente o mês inteiro o show dos troncos escuros, retilíneos e lisos, gigantes pela própria natureza amazônica - papo de 20, 40 metros de altura -, toras sem nós que de repente ganham capas douradas muito justas e finas, para logo se desnudarem em textura de palmito com coloração verde-bebê. Parece mentira, puro delírio, mas serão de novo mulatos antes da primavera. Igual, nem em desfile de moda.
Quem correr até lá neste fim de semana ainda verá o finzinho da encenação de troca de cascas dos 62 pés de "escorrega-macaco" - outro nome da espécie - enfileirados numa passarela larga como uma via de mão dupla de 70, 80 metros de extensão. A maioria dos troncos já está verde-clarinha, alguns ainda desfolham o caule, poucos conservam um tanto de zarcão do início do mês. Meio fim de festa, mas nunca é tarde para começar a observar a exuberância que Deus concedeu aos paus-mulatos."
Não é um texto saboroso? E aí vão umas imagens do tal:
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